Em quatro meses de trabalho, o pente-fino do INSS, previsto na medida provisória (MP) 871, resultou no cancelamento e na suspensão de 261,3 mil benefícios. Outros 1,84 milhão de beneficiários estão sendo notificados.
Os dados são do INSS e foram revelados nesta quarta-feira (04/12/2019). Segundo o instituto, o pente-fino gerou uma economia de R$ 336 milhões. O objetivo é chegar a R$ 10 bilhões por ano.
O Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos e deficientes com baixa renda, foi o recordista de fraudes. O levantamento detectou ainda a existência de servidores públicos recebendo o benefício, o que contraria a regra.
Outro resultado da pente-fino foi a queda de 29% na concessão do auxílio-reclusão, de 46,7 mil para 33 mil. A despesa caiu de R$ 49,7 milhões para R$ 35,1 milhões no período, uma economia de R$ 14,6 milhões.
No pente-fino, o INSS descobriu, por exemplo, o caso de uma pensionista do Rio de Janeiro, com renda mensal de R$ 15,8 mil. Conforme as apurações, recebia desde 2012 o BPC utilizando declarações falsas que omitiam a renda.
Também no Rio de Janeiro, foi identificado o caso de um servidor estadual, com renda mensal de R$ 14 mil, que também recebia, desde 1999, o benefício assistencial. (Metrópole)