‘Poderia ter sido eu’, diz Anitta sobre mortes em baile funk de Paraisópolis

Foto: Instagram/ Arquivo Pessoal

Avessa ao posicionamento político nas redes sociais, Anitta abriu uma brecha em seu perfil para comentar a tragédia de Paraisópolis, que deixou nove mortos em São Paulo no último domingo (1).

Em uma série de vídeos a funkeira lamentou a ação da Polícia Militar no Baile da 17, que acontece desde o início dos anos 2000 na região. “Se fosse há uns anos, poderia ter sido eu, minha mãe e meu irmão. Uma das coisas que a gente mais fazia quando eu estava começando era cantar em baile de favela”, disse a artista.

https://twitter.com/AcessoAnittaVid/status/1201881198215258112?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1201881198215258112&ref_url=https%3A%2F%2Fbahia.ba%2Fentretenimento%2Fpoderia-ter-sido-eu-diz-anitta-sobre-mortes-em-paraisopolis%2F

A cantora rebateu o argumento dado pela polícia para invadir o baile, de que estaria perseguindo bandidos, questionando se a abordagem era a mesma em grandes festivais de música que acontecem ao redor do país.

“Ah, mas os bandidos estavam em perseguição e correram pra festa… E se eles tivessem entrado num festival respeitado? Iam sair entrando atirando? Vários festivais respeitados têm drogas. Vão sair entrando, atirando? Pra muitas pessoas, é vagabundo, é música de baixo conteúdo, gente que não tem o que fazer. Complicado. Preconceito”.

No vídeo a funkeira ainda elogiou a profissão militar ao falar sobre o irmão recém descoberto, mas pediu vista grossa do governo em casos como esse.

“Tenho um irmão militar, hoje em dia. Tenho orgulho da disciplina dele, do caráter, do trabalho. A finalidade é fazer nossa segurança. Tenho amigos policiais. Mas acho que isso é uma coisa do governo mesmo, sabe? Se as pessoas não têm condições de curtir entretenimento em outros lugares, de outra maneira, é porque eles não têm acesso a outras coisas, gente”.

(Bahia.Ba)

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