A Polícia Civil de São Paulo investiga o assassinato cruel de uma cadela da raça Lhasa Apso na última sexta-feira, em São Manuel, no interior do estado. Bolinha, como era chamada pela família, tinha dois anos e foi encontrada com queimaduras pelo corpo após ter sido atacada com ácido.
No boletim de ocorrência registrado pela dona do animal na delegacia, ela informou que saiu para trabalhar às 13h e deixou a cachorrinha no quintal. Quando retornou, por volta das 16h, encontrou Bolinha muito ferida na garagem e sangue espalhado pelo local.
A cadelinha foi levada a uma clínica veterinária particular e, em seguida, encaminhada ao Hospital Veterinário da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) de Botucatu (SP), mas não resistiu. Nas redes sociais, a dona do animal, Núbia Neves, explicou que a cachorrinha ficou cega dos dois olhos, precisaria amputar uma patinha e, como estava sofrendo muito, teve de ser sacrificada.
Bolinha era filha da outra cadela de estimação da família, chamada de Meggie. Nataly Neves, filha de Núbia, acredita que Meggie tenha conseguido correr para a frente da casa, fazendo o agressor desistir de pegá-la. Bolinha, por outro lado, teria se encolhido perto da porta e permanecido ali, onde foi encontrada. Nataly também publicou um texto lamentando a morte do bichinho de estimação.
“Bolinha… Vi ser gerada, senti na barriguinha da mãe, vi nascer (e quase morri), fui a primeira a pegar, brinquei e dormi com ela, eduquei, denguei, dei carinho, corri para os veterinários quando houve necessidade, quase enfartei o dia que ela desapareceu, passei com ela e amei. Bolinha foi atacada cruel e covardemente com uma química, sofreu por mais de 24 horas, tentou ‘sorrir’ pra gente até seus últimos minutos, mas não deu, estava sofrendo demais.
Perdi minha Bolinha para a desumanidade de um ser que se diz racional. Perdi minha Bolinha para a maldade de uma pessoa covarde. Perdi minha Bolinha porque alguém decidiu sentir prazer em fazê-la sofrer.
Quantas Bolinhas perderemos para esse tipo de crime? Quantas Bolinhas sofrerão o descaso da humanidade? Quantas Bolinhas irão embora? Quantas??? Queremos justiça! Queremos punição!”, escreveu.
Comovidos com a história da família, dois vereadores da cidade presentearam a menina com um filhote da mesma raça.
“Não substitui a Bolinha, mas com certeza traz paz ao coração”, justificou um deles, que virou padrinho do animal.
Em nota, a polícia informou que a dona do animal prestou depoimento e que a equipe policial está levantando dados que auxiliem na identificação do autor do crime. (extra online)