Conforme definido na assembleia da última terça-feira (4), policiais civis e penais iniciam nesta sexta-feira (7), a partir das 7h, mais uma paralisação de 24 horas contra aprovação da PEC 159/2020.
Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado da Bahia (Sinspeb), Reivon Pimentel, os policiais civis estarão paralisando em solidariedade aos policiais penais.
“Na assembleia unificada do Sindicato dos Policiais Civis (Sindpoc) e o Sinspeb, no dia 4, ficou deliberado que faríamos esta paralisação, mas de imediato entraríamos em estado de greve e, estando em estado de greve, a gente pode deflagrar uma greve geral a qualquer momento. Só vai depender da sinalização do Governo do Estado da Bahia pois caso o governador atenda as nossas reivindicações, é claro que não seremos irresponsáveis e deflagrar uma greve”, disse.
Reivon informou ao Acorda Cidade que 30% do efetivo que atua no Conjunto Penal de Feira de Santana estará atuando para atender necessidades básicas de presidiários.
“O Conjunto Penal de Feira de Santana é uma panela de pressão prestes a explodir. Por conta desta situação, nós manteremos os 30% do nosso efetivo para atender os apenados em suas necessidades básicas como alimentação, atendimento médico de urgência e emergência e cumprimento de alvará soltura. Todas as demais atividades estarão suspensas. No sábado às 7h da manhã retorna a normalidade dos serviços”, explicou.
Ele informou também que a categoria pode aderir a uma greve geral.
“Na assembleia foi deliberado também que faremos uma assembleia na semana do Carnaval onde avaliaremos o movimento iniciado hoje, e poderemos deflagrar outra paralisação ou até mesmo uma greve geral. Neste aspecto os demais sindicatos do estado da Bahia e centrais sindicais também estarão fazendo suas assembleias e a depender da resposta dada pelo governo, o carnaval a Bahia poderá presenciar uma greve geral de todos os sindicatos”, afirmou.
O presidente do Sinspeb declarou que a reforma previdenciária estadual foi desnecessária.
“O governador tem sido insensível aos pleitos dos servidores públicos do estado. Prova disso é a forma como a qual foi concedida a reforma da providência, de maneira truculenta, ditatorial e desnecessária. Até mesmo porque em 2015 o governo já havia feito uma reforma previdenciária e já estava enquadrada na nova forma imposta pela PEC 104. Não havia necessidade, neste momento, de uma reforma previdenciária no estado” destacou.
Os policiais penais protestam também contra a punição dos policiais penais Baltazar Felipe (Coordenador do Sinspeb) e Ithamar Cruz com 90 e 60 dias de suspensão, respectivamente.
Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade.