Por conta da pandemia, PIB da Bahia pode ter queda de até 7,6%, estima Corecon-BA

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A crise por conta da pandemia do novo coronavírus pode acarretar numa taxa de decrescimento entre 5,8% e 7,6% no Produto Interno Bruto (PIB) da Bahia. A estimativa foi feita pelo Conselho Regional de Economia da Bahia (Corecon-BA).

A projeção foi explicada pelo presidente do conselho, o economista Gustavo Pesoti, em entrevista ao Bahia Notícias. “Isso tem sido a tônica das consultorias, da Fieb e dos institutos que fazem a previsão. Eles apontam para uma taxa de decrescimento neste horizonte”, pontua.

Segundo Pesoti, o índice desta queda, até o fim do ano, vai depender de quando será o decréscimo do consumo das famílias no estado. Este quesito representa cerca de 70% do PIB do estado. “Num cenário otimista as famílias vão diminuir consumo de bens e serviços em aproximadamente 13%. É isso que dá a dinâmica da economia como um todo. Num cenário pessimista, o consumo das famílias pode se retrair 20,7%. Isso que provocaria uma possível queda mais forte no PIB, de 7,6%. Significa que é um ano a ser lembrado, não a ser esquecido. Isso com certeza vai reverberar nas taxas de crescimento dos anos seguintes”, projeta.

Para 2021, a projeção é de crescimento. De acordo com Pesoti, no entanto, não há método estatístico consolidado para esta estimativa, que foi sinalizada em discussões na plenária do Codecon-BA. Neste contexto, a depender da evolução da economia no último trimestre de 2020, o próximo ano pode ter um crescimento no PIB entre 1,5% e 2%. “Isto a depender dos vetores econômicos e a depender de como se dê o comportamento do segundo semestre agora”, diz, ressaltando que está é uma previsão moderada.

Atualmente, municípios no interior se revezam entre decretos de flexibilização e de rigidez no que se refere ao funcionamento do comércio. Em Salvador, os shoppings centers estão fechados e há uma série de restrições para o funcionamento de atividades comerciais. As proibições são válidas também para centros comerciais, clubes sociais, praias e as atividades do comércio de rua. (Bahia Noticias)

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