Porteiro que teria mentido sobre Bolsonaro é localizado e vive em área da zona oeste do Rio

Foto : Reprodução/ Twitter/ Revista Veja

O porteiro que teria mentido sobre o presidente da República, Jair Bolsonaro, foi localizado por reportagem da Revista Veja, publicada hoje (8). Conforme a matéria, o nome dele é Alberto Jorge Ferreira Mateus e mora na Gardênia Azul, bairro em área dominada por milícias na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Ele foi encontrado na segunda-feira (4) pelos repórteres da revista, quando ele apareceu na porta de casa, um sobrado amplo e sem pintura.

Quando a reportagem se identificou, ele declarou, antes de fechar a porta: “Eu não estou podendo falar nada”. 

Alberto Mateus ficou conhecido na última semana de outubro, quando o Jornal Nacional divulgou dois depoimentos dele à Polícia Civil do Rio de Janeiro, dizendo que, no dia do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, um dos acusados pelo crime, o ex-policial militar Élcio Queiroz, foi ao condomínio em que ele trabalha, o Vivendas da Barra, e lhe disse que ia visitar a casa 58, onde vivia o hoje presidente Jair Bolsonaro. A versão foi desmentida pelo Ministério Público Federal (MPF).

O sobrado em que Alberto Mateus vive tem dois andares e terraço. Quinze parentes convivem em cinco pequenos apartamentos de dois quartos. No térreo, integrantes da família mantêm uma oficina de carros improvisada.

A divulgação da informação sobre o porteiro perturbaram a vida no imóvel. 

“Está todo mundo nervoso. Eu mesma estou tendo que tomar remédio para a pressão”, contou uma das tias da mulher do porteiro, que não quis se identificar. 

Outro parente, que também preferiu anonimato, diz que está temeroso: “Ele é uma pessoa do bem, nunca se meteu com coisa que não presta. Depois de muito tempo desempregado, conseguiu esse serviço no condomínio. Agora está com muito medo de perder o emprego e até de morrer”.

Já aposentado pelo INSS, o porteiro é um dos funcionários mais antigos do Vivendas da Barra e trabalha lá há treze anos. O condomínio preferiu manter ele afastado do serviço até a poeira abaixar.

(Metro1)

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