Com o novo piso histórico da taxa básica de juros, de 4,5% ao ano, a rentabilidade da caderneta de poupança passou a perder para a inflação projetada para os próximos 12 meses. Ou seja, o investimento mais popular do Brasil ainda menos atrativo em 2020.
De acordo com a regra em vigor desde 2012, quando a Selic está abaixo de 8,5%, a correção anual da caderneta de poupança é limitada a um percentual equivalente a 70% dos juros básicos mais a Taxa Referencial (TR, que está em zero desde 2017).
Cálculo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) mostra que, com a Selic a 4,5% ao ano, a poupança passou a render apenas 0,26% ao mês e 3,15% ano ano, deixando de ser capaz de proteger o valor aplicado nesta modalidade das perdas inflacionárias projetadas para 2020.
A projeção atual do mercado para a inflação oficial (IPCA) no ano que vem é de 3,6%, segundo a pesquisa Focus do Banco Central. Os analistas também preveem a taxa Selic em 4,5% no fim de 2020. Ou seja, confirmadas estas previsões, a poupança terminará 2020 com um retorno negativo de 0,43%.
Levantamento da Economatica mostra que a última vez em que a caderneta de poupança não teve ganho real no acumulado no ano foi em 2015. Do G1.
(Bahia.ba)