Pré-candidatura de Simone Tebet gera queda de braço entre alas do MDB, que será decidida na convenção

Simone Tebet / Foto: Gabriela Biló/Arquivo/Estadão

Em uma prévia das divisões internas no caminho da convenção nacional do MDB, prevista para julho, lideranças favoráveis e contrárias à homologação da senadora Simone Tebet (MS) como pré-candidata à Presidência mediram forças, ontem, após um jantar de emedebistas com o ex-presidente Lula (PT). Alguns caciques regionais que conversaram com o petista, como o senador Renan Calheiros (AL) e o ex-presidente do Senado Eunício Oliveira (CE), sinalizaram que podem tentar derrubar a candidatura de Tebet na convenção partidária. Em reação, dirigentes de estados como Minas Gerais, Paraná e Goiás endossaram publicamente o nome da senadora. A reportagem é do jornal “O Globo”.

As convenções, que ocorrerão entre 20 de julho e 5 de agosto, são a etapa na qual os partidos oficializam seus candidatos. No caso do MDB, o estatuto da legenda prevê uma votação secreta, por maioria simples, com peso mais elevado para os estados com as maiores bancadas na Câmara e lideranças que acumularam cargos eletivos ou na máquina partidária ao longo de sua trajetória política. O formato tende a diluir a influência dos caciques de quatro estados do Nordeste — Alagoas, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte — que já sinalizam abertamente priorizar Lula. Líderes desses estados encontraram o petista anteontem, em Brasília, na residência de Eunício. O ex-presidente também já colheu apoios de emedebistas no Piauí, na Bahia e no Pará.

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