O presidente afastado da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, foi formalmente indiciado por insurreição neste domingo (26). A acusação está relacionada ao decreto de Lei Marcial emitido em 3 de dezembro, que restringia direitos civis e fechava o parlamento.
No país, a condenação por insurreição pode resultar em prisão perpétua ou pena de morte.
O indiciamento foi anunciado por Han Min-soo, porta-voz do principal partido de oposição, o Partido Democrata, durante uma coletiva de imprensa. “A punição do líder da insurreição começa finalmente agora”, declarou Min-soo.
Desde o último dia 15, Yoon está preso em confinamento solitário, após uma série de tentativas para detê-lo no âmbito das investigações.
Apesar disso, a prisão preventiva foi questionada pelos advogados do presidente afastado, que alegam “custódia ilegal” e afirmam que o decreto era apenas um “aviso político”, não uma tentativa de implementar completamente a lei marcial.
A medida tomada por Yoon foi derrubada pelo Congresso horas após sua imposição. Ainda em dezembro, os parlamentares aprovaram o impeachment do presidente, e a Suprema Corte agora avalia sua remoção definitiva do cargo.
Enquanto isso, promotores pressionam pela extensão da prisão preventiva de Yoon, mesmo após duas negativas recentes do tribunal. O caso tem polarizado ainda mais a política sul-coreana, evidenciando as tensões entre o governo afastado e a oposição.