Na última sessão de julgamentos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes, fez um alerta contundente sobre o “novo populismo digital extremista” que ameaça as bases democráticas do Brasil. Segundo informações da CNN Brasil, Moraes destacou que as instituições do país responderam a essa ameaça, principalmente durante o processo eleitoral de 2022.
O presidente do TSE afirmou que a população brasileira “saiu vencedora” ao confiar nas urnas eletrônicas e no sistema eleitoral. Ele ressaltou a confiança do eleitorado na Justiça Eleitoral e nas instituições do país, demonstrando que estas não se intimidam diante de ataques populistas e extremistas, muitos deles anônimos nas redes sociais.
Em seu discurso de despedida, Moraes defendeu novamente a regulamentação das plataformas de redes sociais, as chamadas big techs. Ele enfatizou que a desinformação e as notícias falsas, potencializadas pela inteligência artificial, representam uma ameaça à democracia. O ministro destacou que as resoluções aprovadas pelo TSE em fevereiro para o pleito deste ano são medidas avançadas no combate às fake news e notícias fraudulentas.
Moraes, que assume a vice-presidência do TSE, será sucedido pela ministra Cármen Lúcia, que assume a presidência da Corte na segunda-feira (3). Durante sua gestão, Moraes liderou a eleição presidencial de 2022, que foi marcada pela disseminação de desinformação e discursos que colocavam em dúvida a segurança do processo eleitoral.
Ele ressaltou a importância da atuação do TSE, em conjunto com os Tribunais Regionais Eleitorais, o Ministério Público Eleitoral e a OAB, para combater o populismo digital extremista. Moraes destacou que, apesar dos ataques e da desinformação, o eleitorado brasileiro acreditou na Justiça Eleitoral e na democracia, como evidenciado pelo comparecimento maciço às urnas.
Além disso, Moraes destacou o combate do TSE contra fraudes nas cotas de gênero nas eleições, considerando isso uma das marcas de sua gestão à frente da Corte. Ele reiterou que o fortalecimento e a garantia da democracia são os maiores legados que o TSE pode deixar para o país.