Professora denuncia que perfis falsos foram criados em nome dela para envio de mensagens de teor sexual: ‘Quero me ver livre’

Mulher denuncia a criação de perfis falsos na internet com fotos e dados pessoais — Foto: Reprodução / TV Bahia

Uma professora moradora de Mussurunga, em Salvador, denuncia que vem sendo vítima de crime virtual há mais de um ano. Monaliza Azevedo conta que vários perfis falsos foram criados no nome dela, em redes sociais, que são usados para enviar mensagens de teor sexual para familiares, amigos e colegas de trabalho.

Ela disse que descobriu o crime no local de trabalho e chegou a ser ameaçada pela companheira de um homem que recebeu mensagens de um dos perfis falsos.

“Eu estava no meu local de trabalho e uma pessoa foi me procurar, perguntando meu nome, e ela pediu para conversar comigo. Essa pessoa começou a me questionar se eu havia conversado com o esposo dela, se eu havia mandado fotos, se eu havia conversado por algum tempo. Ela me agrediu de várias formas verbais, ela informou que por pouco não foi ao meu local de trabalho com uma faca, porque o intuito dela era ter me machucado por estar conversando com o marido dela”.

Além de enviar mensagens de teor sexual para pessoas próximas, Monaliza conta que as mensagens também são enviadas para pais de alunos do local onde ela é professora.

“Eu trabalho em um local onde lido com crianças e adolescentes, e isso influencia muito, porque eu sou professora e estou tendo contato com os meninos, e alguns deles têm esse tipo de conversa”, disse.

Monaliza contou que foi a dez delegacias para denunciar o crime. Ela prestou vários depoimentos, mostrou as mensagens falsas, mas até o momento, não recebeu uma resposta das autoridades policiais.

“Não tem nenhuma resposta. Eu vou lá, eles me dizem que vão conseguir. O delegado me atendeu várias vezes, disse que iria entrar em contato, que iria em dar uma resposta, e há um ano espero essa resposta. Há um ano eu espero que esse contato venha, que eles consigam descobrir quem é, e porque está fazendo isso comigo, e não acontece”, conta.

A reportagem entrou em contato com a Polícia Civil e aguarda resposta.

“Eu quero me ver livre. Quero passar na rua, e as pessoas não ficarem me olhando me perguntando. Às vezes estou em um lugar, e as pessoas ficam me olhando e eu fico me perguntando se estão conversando com esse fake”, desabafa a professora. (G1)

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