Um grupo de professores protesta desde o final da manhã desta segunda-feira (31) em frente à Secretaria Municipal da Educação (SMED), na região da Avenida Garibaldi, em Salvador. Os profissionais cobram o órgão pelo fechamento de 44 escolas que atendiam através da Educação de Jovens e Adultos (EJA).
A categoria também reclama por uma explicação mais nítida do secretário Marcelo Oliveira sobre o investimento de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).
De acordo com Taiana Lemos, professora da rede municipal, o gestor afirmou ter comprado materiais de tecnologia para as aulas remotas. No entanto, segundo ela, esses itens não chegaram às mãos de quem deveria fazer o uso.
“A gente também reivindica transparência nas contas do Fundeb. Ele [o secretário] revelou em algumas notas que os valores foram usados em compras de equipamentos tecnológicos, como notebooks e tablets para o ensino híbrido. Porém não houve nenhuma política, nem inserção de equipamento na rede ao longo da pandemia”, disse Taiana.
Uma comissão dos profissionais se reuniu com o gestor no início da tarde, para apresentar as pautas da categoria. O g1 entrou em contato com a Secretaria Municipal da Educação (SMED) e aguarda um posicionamento a respeito da reclamação dos trabalhadores.
A Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia (FACED/UFBA) divulgou nota onde chama a possível retirada de componentes curriculares de artes, educação física e inglês dos primeiros e segundo anos do Ensino Fundamental I de “crasso erro curricular e formacional da SMED-SALVADOR”.
Outra pauta cobrada pela categoria é que profissionais de Artes e Educação Física foram retirados de unidades escolares. Os trabalhadores também cobram pela mudança de nível dos profissionais com especialização, mestrado e doutorado.
Segundo os professores, a mudança não ocorre há cinco anos e a secretaria diz que não há vagas disponíveis.
O protesto provoca um congestionamento na Avenida Garibaldi. Equipes da Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) e da Polícia Militar acompanham a mobilização e tentam ordenar o tráfego na via.
Fonte: G1