Cerca de 36,68% dos depósitos registrados no Sistema de Valores a Receber (SVR) do Banco Central correspondem a valores entre R$ 0,00 e R$ 1,00. Ou seja, quase quatro em cada dez depósitos esquecidos são pequenos valores que podem ser resgatados de bancos, consórcios e outras instituições financeiras.
Pessoas físicas ou jurídicas podem ter mais de um depósito esquecido. Por exemplo, alguém com R$ 10 em um banco e R$ 1.000 em uma cooperativa será contabilizado duas vezes no sistema. Em seguida, aparecem depósitos entre R$ 1,01 e R$ 10,00, que somam 27,71% dos casos, totalizando quase R$ 74 milhões. Já os valores entre R$ 10,01 e R$ 100,00 alcançam cerca de R$ 600 milhões.
Os depósitos mais significativos variam entre R$ 10.000,01 e R$ 100 mil, representando um total de R$ 2,5 bilhões, embora correspondam a apenas 0,17% dos casos. Depósitos acima de R$ 100 mil são ainda mais raros, somando 0,01% do total, mas representando quase R$ 900 milhões.
O maior valor disponível para saque no SVR é de R$ 11,2 milhões, pertencente a uma pessoa falecida, com o montante depositado em uma cooperativa.
Como consultar valores esquecidos
A consulta ao SVR é feita no site do Banco Central. É preciso escolher o tipo de documento (CPF ou CNPJ), informar os dados e fazer login com uma conta gov.br, de nível prata ou ouro. Para valores de pessoas falecidas, herdeiros devem seguir um processo similar, preenchendo um termo de responsabilidade e acessando o campo específico para esses casos.
Resgate de valores
Para realizar o saque, o usuário deve ter uma chave Pix cadastrada. Valores acima de R$ 100 exigem a ativação do segundo fator de autenticação via aplicativo gov.br. Após esse processo, o resgate pode ser solicitado diretamente no sistema ou na instituição financeira.