Quando não é possível voltar para casa, a escolha de um novo lugar para chamar de lar tem como foco a distância da água e as oportunidades de trabalho.
Esses são os principais fatores, conforme especialistas, que pesam entre as vítimas de tragédias ambientais como a do Rio Grande do Sul, na seleção de um lugar para viver.
“Elas [as pessoas] estão migrando, muitas vezes, dentro do município para zonas protegidas ou mais altas, quando a gente está falando de enchentes”, explica a doutora em direito pela Universidade do Federal Rio Grande do Sul (UFRGS).
Diretor de comunicação do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), explica que a integração das pessoas deslocadas com o local onde vão se inserir é determinante para essa decisão.
“Nesse sentido, oportunidade de geração de renda – empreendedorismo –, trabalho formal e direitos associados à integração – como a inclusão de crianças em escolas e acesso aos serviços de saúde pública – são fatores cruciais”, afirma Pachioni.
O principal critério para o novo endereço foi a segurança em relação ao curso d’água. Ela escolheu um lugar alto.
“É uma cidade menor. Meu público é um pouco mais seletivo, pelo fato de serem brinquedos educativos”, preocupa-se.
As migrações no contexto de mudanças climáticas e degradação são vistas pela OIM como algo complexo.
“A maioria das pessoas migra devido a uma combinação de fatores sociais, políticos, econômicos, ambientais e demográficos, todos os quais são e serão afetados por mudanças climáticas e ambientais.”
Pelo menos por enquanto, o governo do Rio Grande do Sul já programa a construção de cidades provisórias.
Segundo informações, na segunda-feira (20/5), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, afirmou que um satélite e um software inteligente contratados pelo Estado vão fornecer dados para a análise de áreas que não poderão mais ser habitadas.
Fonte: Metrópoles