Relator da CPI da Covid aponta 11 contradições no depoimento da ‘Capitã Cloroquina’

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

A equipe de relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), preparou um relatório que apontou pelo menos onze contradições e mentiras no depoimento da secretária de Gestão do Trabalho e Educação do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro. Apelida de ‘Capitã Cloroquina’, Mayra prestou depoimento nesta terça-feira (25), na CPI. Entre as contradições, está a data em que o ex-ministro Eduardo Pazuello tomou conhecimento da falta de oxigênio em Manaus.

A equipe técnica de Calheiros elaborou um documento intitulado “destaques contraditórios do depoimento de Mayra Pinheiro”, listando onze momentos em que ela ou prestou “falso testemunho” ou entrou em contradição com declarações anteriores dela ou do ex-ministro Pazuello.

São eles: Tratamento precoce; medicamentos para Covid; pesquisa na área de infectologia; cloroquina; TrateCov; OMS e Conitec; População pediátrica; Isolamento; Comando do Ministério da Saúde; Crise em Manaus e Falta de oxigênio em Manaus.

Renan Calheiros, por exemplo, destaca no levantamento que Mayra Pinheiro afirmou que o Ministério da Saúde apenas recomendou o uso de cloroquina para tratamento da Covid-19. Mas no Plano Manaus, feito pelo ex-ministro Eduardo Pazuello, é dito “textualmente que se deve incentivar o tratamento precoce”.

O relator acrescenta ainda que, em ofício encaminhado à Secretaria de Saúde de Manaus, a secretária “considera inadmissível não usar a cloroquina e demais remédios.

Em outro tópico, sobre o aplicativo TrateCov, o senador pontua como contradição com o ex-ministro Pazuello ela ter dito que a plataforma não foi hackeada e os dados e conteúdo não foram irregularmente alterados. Duas informações prestadas pelo ex-ministro da Saúde à CPI da Covid.

Em relação à crise de falta de oxigênio em Manaus, a secretária de Gestão do Trabalho afirmou que Eduardo Pazuello tomou conhecimento do risco de faltar o produto nos hospitais da capital do Amazonas no dia 8 de janeiro. Já o ex-ministro falou que ficou sabendo apenas no dia 10 de janeiro. (Metro1)

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