Nesta quinta-feira (21), a Rússia disparou um míssil balístico intercontinental (ICBM) contra a Ucrânia, marcando o primeiro uso conhecido de uma arma dessa magnitude no conflito, segundo informações da força aérea ucraniana.
Projetado para transportar ogivas nucleares com alcance de milhares de quilômetros, o míssil atingiu a cidade de Dnipro, causando danos a empresas e infraestrutura crítica, além de ferir duas pessoas.
Embora a força aérea ucraniana não tenha especificado o tipo de ICBM ou a carga utilizada, descartou a possibilidade de uma ogiva nuclear. O ataque também incluiu o disparo de um míssil hipersônico Kinzhal e sete mísseis de cruzeiro Kh-101, dos quais seis foram interceptados pelas defesas aéreas ucranianas.
A escalada ocorre em meio a recentes ataques da Ucrânia contra alvos em território russo, utilizando mísseis fornecidos pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido. Esses ataques, autorizados pelos aliados ocidentais de Kiev, motivaram advertências de Moscou sobre uma intensificação do conflito.
Segundo o governador regional de Dnipro, Serhiy Lysak, o ataque russo danificou uma empresa industrial e provocou incêndios na área. Especialistas do Defense Express, uma consultoria de defesa ucraniana, levantaram questões sobre a comunicação prévia do lançamento do ICBM com os Estados Unidos, uma prática padrão para evitar erros de interpretação que possam desencadear respostas nucleares.
A Rússia, que invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, não comentou oficialmente o ataque até o momento.