O deputado estadual Alan Sanches (DEM) denunciou, nesta segunda-feira (7), problemas operacionais que estão ocorrendo em policlínicas regionais de saúde. De acordo com o democrata, o governo precisa dar maior atenção às unidades, tanto em relação aos equipamentos e medicamentos quanto aos recursos mensais para bancar a operação. Atualmente, o governo paga 40% do custeio mensal das policlínicas e os 60% restantes são divididos entre os municípios que integram os Consórcios Públicos, responsáveis pela gestão das unidades.
Em Santo Antônio de Jesus, por exemplo, o consórcio Reconvale, responsável pela gestão da policlínica da região, comunicou a suspensão dos serviços de colonoscopia, endoscopia e ultrassonografia por conta da falta de insumos para a realização dos exames. O fato aconteceu em agosto e, segundo informações da região, a situação ainda não foi normalizada. Na semana passada, os atendimentos para moradores de Vitória da Conquista e Itapetinga, no Sudoeste, foram suspensos na policlínica local por falta de repasses das duas prefeituras, segundo anunciou o prefeito de Belo Campo, José Henrique Silva Tigre, o “Quinho”, presidente do consórcio da região.
“Em ambas as situações, temos um problema comum: a falta de planejamento e a escassez de recursos, que acaba prejudicando o atendimento à população. O governo fez as policlínicas e jogou a maior parte das despesas no colo dos prefeitos, que, na maioria dos casos, não conseguem arcar com os custos”, afirmou Sanches.
Segundo ele, a preocupação com os custos é tema comum de conversas com prefeitos. “Claro que nenhum prefeito vai recusar a participação no projeto. A questão é que, com as contas apertadas, eles acabam tendo dificuldades para cumprir o repasses, o que gera problemas no atendimento à população”, disse o parlamentar alertando ainda que a situação pode complicar mais o sistema de saúde do Estado. “Já temos um sistema caótico, com hospitais superlotados, médicos com meses de salários atrasados, com a fila da regulação, os problemas com o Planserv. Tudo isso por falta de uma gestão eficiente do governo”.