O Senado Federal aprovou nesta terça-feira, 15, por unanimidade, o projeto de lei 2.112/2021, que determina a inclusão de lactantes, com ou sem comorbidades e independente da idade dos bebês, no quadro de grupos prioritários dentro da campanha de vacinação contra a Covid-19. O PL agora segue para a Câmara para revisão.
O resultado é fruto também da mobilização do grupo Lactantes pela Vacina, que pressionou os senadores para que a proposta fosse aprovada. Foi por meio do movimento, iniciado na Bahia, que municípios de pelo menos cinco estados passaram a incluir lactantes, com e sem comorbidades, entre os grupos prioritários de vacinação.
Autor da proposta aprovada nesta terça, o senador Jean Paul Prates (PT-RN) endossa o argumento das mães lactantes, embasado por pesquisas científicas: a vacinação de mulheres que estão amamentando termina por proteger também os bebês.
Exemplo disso foi uma pesquisa realizada pelo Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo) com lactantes que tomaram a Coronavac. O estudo indicou a presença de anticorpos para Covid-19 no leite materno até quatro meses depois da vacinação.
A proposta, que teve relatoria da senadora Zenaide Maia (Pros-RN), altera a Lei 14.124, de 2021, que trata do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação.
“Essa é uma vitória para todas as mães lactantes. Nosso movimento surgiu com o intuito de garantir a vacinação indistintamente para mulheres que estão amamentando seus bebês. A vacinação é ferramenta de garantia da sobrevivência das mulheres para criação de seus filhos com a interrupção desse ciclo de morte materno-infantil gerado pela pandemia”, reforça Charlene Borges, representante do movimento Lactantes pela Vacina. (A Tarde)