A Serasa Consumidor vai promover, entre os dias 7 e 31 de março, uma edição emergencial do Feirão Limpa Nome. A ação, que acontece anualmente no mês de novembro, vai ser realizada de maneira antecipada por conta do alto índice de inadimplentes no país.
Segundo dados da instituição, nos últimos 12 meses, 3 milhões de pessoas entraram na lista de endividados, fazendo com que o número de pessoas nessa condição saltasse para 64,8 milhões, cerca de 40,3% da população adulta do país.
Além do acréscimo no número de endividados, as dívidas também ficaram mais caras nos últimos meses. No Nordeste, especificamente, o valor médio dos débitos é de R$ 3.146,74 – uma cifra significativa, considerando que o salário médio, de acordo com dados do último PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), é de R$ 2.499.
Entre os nove estados nordestinos, 16 milhões de pessoas estão inscritos no banco de dados da Serasa com dívidas. Neste universo, a Bahia figura como a unidade da federação com a maior dívida, com R$ 12,4 bilhões, seguido de Pernambuco, que soma R$ 9,7 bilhões.
A maior parte destes comprimissos não pagos, apontam um levantamento da Serasa, são com cartões de crédito e instituições bancárias, mas, com o cenário político e econômico mundial, as contas básicas começam a se tornar mais evidentes no orçamento dos brasileiros e brasileiras.
A expectativa da entidade é de que, com o Feirão Limpa Nome, seis milhões de acordos sejam fechados entre os consumidores e os mais de 100 parceiros que participam da ação. A marca seria semelhante ao número de benefícios concedidos na última vez que o feirão foi realizado, quando R$ 11 bilhões em descontos foram intermediados.
“O que nós percebemos no feirão é que ele tem como proposta, e essa é a premissa da Serasa como um todo, é trazer crédito para todos. Trabalhar esse momento de negociação de dívidas é para que o consumidores voltem a ter crédito no mercado, que ele possa sair dessa situação financeira se encontra e a partir disso possa voltar a ter cartão, consumir no varejo e fazer outros tipos de consumo”, explicou o gerente do Serasa Consumidor, em Salvador, Felipe Bela. (BN)