Silvio Almeida cobra regulação das redes sociais após caso de fake news contra jovem na “Choquei”

Foto: Reprodução Redes Sociais

Governistas se pronunciaram sobre o caso da morte de Jéssica Vitória Canedo e voltaram a falar no Projeto de Lei 2.620 de 2020, que trata sobre as fake news e defende a regulação das plataformas digitais. Em publicações neste sábado (23), personalidades do governo se mostraram a favor da PL. 

De acordo com publicação do Poder360, o primeiro a se pronunciar foi o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. Ele lamentou a morte da jovem e disse em seu perfil Twitter que a morte da jovem “guarda relação com a propagação de mentiras e de ódio em redes sociais”. O ministro afirmou que casos como o de Jéssica teriam, “talvez em maior proporção, questões de natureza política”, além de saúde mental. 

Na publicação, Silvio comentou também que a “regulação das redes sociais torna-se um imperativo civilizatório” e que “o resto é aposta no caos, na morte e na monetização do sofrimento”. 

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, foi outra governista que se pronunciou sobre a morte de Jéssica. Cida apontou que o falecimento da jovem foi causado pela “irresponsabilidade” de perfis que lucram com a misoginia e a disseminação de mentiras.

“É inadmissível que o conteúdo mentiroso contra Jéssica, que fez crescer uma campanha de difamação contra a jovem, não tenha sido retirado do ar nem pelo dono da página nem pela plataforma X ao longo de quase uma semana, mesmo depois dos apelos da própria Jéssica e de sua mãe”, indicou a ministra.

Já o líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados, Zeca Dirceu (PT-PR), apontou que o caso da jovem seria “mais uma tragédia provocada pelas fake news e seus propagadores”. O parlamentar argumentou que em 2024 será necessário desenvolver a tramitação do PL das fake news O deputado pediu também que essa pauta “deve ser prioridade” no início do próximo ano. 

Nomes da oposição do governo também se pronunciaram e demonstraram contrariedade à regulação das redes sociais. Um desses nomes foi da deputada Júlia Zanatta (PL-SC). Ela afirmou que o caso “não pode servir de estopim para regulação das redes”. Segundo a parlamentar, o projeto funcionaria só contra os congressistas da oposição. “O que sempre defendi e defenderei é a justiça, mas nunca censura”, disse em publicação nas redes sociais. 

Jéssica Vitória Canedo, apontada como novo affair de Whindersson nunes após ter supostas conversas vazadas com o humorista, teve a morte confirmada na noite da última sexta-feira (22), por meio das redes sociais.

Jéssica foi alvo de fake news com a circulação de conversas manipuladas que teriam acontecido com Whindersson. Os prints foram divulgados por perfis dedicados a celebridades na web, como o Choquei e o Alfinetei, que passaram a ser culpados pelos internautas como responsáveis pelo falecimento da jovem.

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