O filme Conclave, lançado em 2024 e dirigido por Edward Berger, voltou a ser um dos assuntos mais comentados nas redes sociais nesta segunda-feira (21), após a morte do Papa Francisco, anunciada pelo Vaticano.
A produção retrata os bastidores da escolha de um novo líder da Igreja Católica logo após o falecimento do pontífice, coincidindo com o momento delicado vivido pela Igreja na vida real.
Vencedor do Oscar de Melhor Filme em 2025, Conclave é estrelado por Ralph Fiennes e Stanley Tucci e explora temas como os escândalos internos da Igreja, o debate entre vertentes conservadoras e progressistas, o papel da mulher na instituição e os detalhes do processo de votação que define o novo Papa.
Apesar de ser uma obra de ficção, o enredo aborda com precisão elementos reais do Conclave, o que gerou desconforto entre alguns religiosos após sua estreia. No Brasil, o longa foi exibido a partir de janeiro de 2025.
A coincidência entre o lançamento do filme e o agravamento da saúde de Francisco, que ficou internado por cerca de 40 dias devido a uma pneumonia, chamou a atenção do público.
Durante a cerimônia do Oscar, os atores demonstraram preocupação com o estado de saúde do Papa. “Gostaríamos de desejar melhoras a ele e que ele se recupere”, afirmou Isabella Rossellini, que interpretou a Irmã Agnes.
John Lithgow, que vive o Cardeal Joseph Tremblay no longa, também comentou sobre o impacto do filme diante dos acontecimentos reais. “Acho que o filme acabou sendo extremamente oportuno, e é muito divertido porque é uma narrativa extraordinária e o organismo social, elegendo um líder”, disse o ator.
O longa reacendeu a curiosidade sobre o funcionamento do Conclave, processo que se inicia entre 15 e 20 dias após a morte de um Papa. Durante o ritual, cerca de 120 cardeais com menos de 80 anos são isolados na Capela Sistina, no Vaticano, até que um novo pontífice seja eleito. A votação é secreta e pode se estender por vários dias até que um nome atinja os dois terços necessários para a eleição.