O presidente Jair Bolsonaro vem discutindo constantemente sobre quem será o substituto do ministro Marco Aurélio Mello no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o blog de Andreia Sadi, do portal G1, o assunto ganhou mais força essa semana nos bastidores do governo, do Congresso e do Judiciário. De acordo com ministros do governo ouvidos pela publicação, o presidente Bolsonaro quer um ministro “leal, fiel”, uma espécie de “cão de guarda” no STF.
Bolsonaro reclama de decisões de ministros do STF desde antes da pandemia — como impedimento para a nomeação de Alexandre Ramagem, para a Polícia Federal, por exemplo. Mas ele turbinou as críticas durante a crise da Covid, quando passou a usar a narrativa de que não pode tomar medidas sanitárias por decisão do STF, o que não é verdade.
O presidente já conta com o ministro Kassio Nunes Marques, sua indicação, como aliado na Corte. E vê na segunda vaga uma chance de reforçar o seu “grupo” na STF. Por isso, ministros do governo afirmam que ele não pode “errar” na escolha.
André Mendonça, que deixou o Ministério da Justiça e voltou para a Advocacia-Geral da União, e o procurador-geral da República, Augusto Aras, buscam a vaga, segundo interlocutores presidenciais, e têm dado demonstrações de lealdade ao presidente em decisões nas suas respectivas funções. Mendonça, como ministro da Justiça, agradou ao presidente, assim como Aras na procuradoria. (Bahia.Ba)