STJ condena três desembargadores do TRT-RJ por corrupção e lavagem de dinheiro

Magistrados perderão os cargos e foram sentenciados à prisão; esquema envolvia propina e escritórios de advocacia

Foto: Reprodução/TRT-RJ

Três desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT1), no Rio de Janeiro, foram condenados pela Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) por envolvimento em um esquema de corrupção. Segundo a decisão unânime, os magistrados recebiam propina para incluir empresas e organizações sociais em um plano especial de execução da Justiça do Trabalho.

Os desembargadores Marcos Pinto da Cruz, José da Fonseca Martins Junior e Fernando Antonio Zorzenon da Silva foram condenados pelos crimes de associação criminosa, peculato, corrupção passiva e ativa, além de lavagem de dinheiro. Eles perderão os cargos públicos e devem cumprir pena de prisão. Já o magistrado Antonio Carlos de Azevedo Rodrigues foi absolvido por unanimidade.

A investigação do Ministério Público Federal (MPF) revelou que o esquema envolvia a contratação de escritórios de advocacia indicados pelos desembargadores, que repassavam parte dos honorários ao grupo criminoso. A fraude beneficiava empresas com dívidas trabalhistas, que recebiam pagamentos do governo do Rio de Janeiro sob a gestão do ex-governador Wilson Witzel.

Os magistrados chegaram a ser presos em 2021, na Operação Mais Valia da Polícia Federal, mas respondiam ao processo em liberdade. Apesar de afastados desde então, continuaram recebendo salários, totalizando R$ 6,7 milhões em valores brutos.

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