Pacientes com falência intestinal e disfunções em órgãos abdominais agora podem contar com o transplante de intestino delgado ou multivisceral pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A medida foi oficializada por meio de uma portaria publicada na última quinta-feira (20), ampliando o acesso a um tratamento definitivo para essas condições.

Até então, a única alternativa disponível era a nutrição parenteral, que mantém a nutrição por meio de soro intravenoso. Com o transplante, o intestino volta a absorver nutrientes naturalmente, permitindo alimentação normal e uma melhora significativa na qualidade de vida dos pacientes.

“Essa inclusão no SUS representa mais uma ação importante do sistema de saúde brasileiro para garantir o acesso a tratamentos de alta complexidade e que tragam qualidade de vida para a população, especialmente para pacientes com condições raras e graves”, destacou Carlos Gadelha, secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde.

O Ministério da Saúde estima que serão realizados cerca de 15 transplantes desse tipo por ano. Apesar do pós-operatório delicado, a cirurgia oferece uma nova perspectiva para os pacientes. A nota oficial reforça ainda que a integração desses procedimentos ao Sistema Nacional de Transplantes foi fundamental para viabilizar a oferta no SUS.