Últimas Notícias sobre agrotóxicos
O Ministério da Agricultura divulgou nesta quinta-feira (3) o registro de mais 57 agrotóxicos, chegando ao total de 382 registros em 2019, mantendo o nível de registros como o mais alto da série histórica, iniciada em 2005.
Ministra diz que vai liberar mais agrotóxicos para o Brasil ‘entrar na modernidade’
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse que a aprovação de registros de agrotóxicos vai continuar acontecendo, e cada vez mais, para o Brasil “entrar na modernidade”.
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse hoje (5), após participar do Congresso Brasileiro do Agronegócio, que a liberação de agrotóxicos não coloca em risco a saúde dos consumidores, nem o meio ambiente. De acordo com ela, a liberação de registro para os novos produtos no Brasil foi acelerada, mas as exigências continuam as mesmas.
A adoção de novas regras para classificar agrotóxicos no país fez o número de produtos tidos como “extremamente tóxicos” à saúde passar de 702 para apenas 43. A adoção de novas regras para classificar agrotóxicos no país fez o número de produtos tidos como “extremamente tóxicos” à saúde passar de 702 para apenas 43.
Armas, cigarros e uma grande quantidade de agrotóxicos foram apreendidos, nesta quarta-feira (24), por equipes da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Cerrado.
Quatorze municípios baianos não fazem monitoramento da presença de agrotóxicos na água conforme o exigido por lei. A conclusão é do Núcleo de Defesa da Bacia do São Francisco (Nusf) do Ministério Público do Estado (MP-BA). Os dados foram informados durante o Fórum Baiano de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos. Ainda segundo o MP-BA, oito, dos 10 agrotóxicos mais usados na região do São Francisco, não passam pelo monitoramento da Embasa [Empresa Baiana de Águas e Saneamento].
PV pede ao STF suspensão de atos do Ministério da Agricultura que libera agrotóxicos
O Partido Verde (PV) ingressou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar nove atos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que liberaram o registro de mais de 200 agrotóxicos no Brasil nos seis primeiros meses de 2019. Na ação, o partido sustenta que os atos questionados contrariam frontalmente diversos preceitos fundamentais da Constituição Federal, entre eles o direito à saúde e à alimentação e ao meio ambiente equilibrado. A relatoria é do ministro Marco Aurélio. A sigla pede a concessão de liminar para suspender os efeitos dos Atos 1, 4, 7, 10, 17, 24, 29, 34 e 42, todos do Mapa. Segundo o PV, a autorização para o registro “acelerado e irresponsável” dos novos agrotóxicos, muitos dos quais proibidos pela legislação internacional, está na contramão da tendência mundial e dos estudos sobre o tema, uma vez se mostram perigosos para a saúde humana e o meio ambiente.
Além da perda de biodiversidade, irrecuperável como provam as ondas de mortandade de abelhas no Sul do país, dos danos ao meio ambiente, como a poluição dos rios, à saúde humana e do risco aos negócios futuros, o Brasil deixa de arrecadar bilhões de reais anualmente com isenções, deduções e incentivos às indústrias de agrotóxicos. Os agrotóxicos são utilizados principalmente em culturas de soja e milho. Cerca de 55% dos defensivos são consumidos apenas nas lavouras de soja. Com isenção fiscal, custos ambientais, sociais e de saúde do uso dessas substâncias são rateados por toda a sociedade, e não pagos apenas por produtores e empresas.
O Ministério da Agricultura aprovou o registro de 42 agrotóxicos, totalizando 211 neste ano. Os pesticidas são de fabricantes como Dow Agrosciences, Bayer e Syngenta, e aguardavam liberação há quatro anos, em média, de acordo com comunicado da pasta.
Segundo pesquisadores, a técnica poderá ser usada também para checar se os produtos enviados ao exterior estão em conformidade com a legislação estrangeira no que se refere a agrotóxicos. O orientador da tese, professor do Instituto de Química da UFG, Boniek Gontijo, explica que a técnica permite, também, evitar “as discrepâncias entre a quantidade sugerida nos rótulos de agrotóxicos e a quantidade suficiente para que o agroquímico exerça sua função. Em geral, eles sugerem uma quantidade maior do que a necessária, com o objetivo de aumentar seus lucros”, justificou o professor.