Faltando quatro dias para o início oficial do conclave, 177 cardeais, entre eles, 127 com direito a voto, participaram de uma reunião no Vaticano com foco na relevância da Igreja Católica no mundo contemporâneo. Realizado na Sala Paulo VI, o encontro reforçou preocupações sobre o risco de a instituição se tornar “autorreferente” e perder conexão com a sociedade caso não amplie seu diálogo com outras religiões e temas atuais.

A Capela Sistina, no Vaticano, já está pronta para receber o Conclave que começa na próxima quarta-feira (7), quando os cardeais eleitores se reunirão para escolher o novo líder da Igreja Católica. Imagens divulgadas pelo Vatican Media mostram a instalação da tradicional estufa dentro da capela e da chaminé no telhado, concluída na manhã desta sexta-feira (2).

O cardeal italiano Giovanni Angelo Becciu anunciou que não participará do conclave que escolherá o novo papa. A decisão foi divulgada pela imprensa italiana nesta segunda-feira (28) e ocorre após dias de polêmica envolvendo sua tentativa de ser admitido na votação.

O Papa Francisco morreu nesta segunda-feira (21), aos 88 anos, encerrando um dos pontificados mais marcantes da história recente da Igreja Católica. Com a confirmação da morte do líder religioso, o Vaticano deu início a uma série de rituais que culminarão na escolha de um novo Papa, processo que deve ser concluído até o final de maio.

O papa Francisco participou no último sábado (27), no Vaticano, da cerimônia de posse de 20 novos cardeais da Igreja Católica, dois dos quais são brasileiros: o arcebispo da Amazônia, Dom Leonardo Steiner, e o de Brasília, Dom Paulo Cezar Costa.

O papa Francisco determinou ontem (30) que bispos e cardeais que trabalham no Vaticano serão julgados pelo mesmo tribunal comum que analisa outros casos criminais, e não mais por um painel de prelados de elite. Francisco emitiu um decreto revogando uma cláusula no Código Penal Civil do Vaticano segundo o qual bispos e cardeais eram julgados apenas pelo Tribunal de Cassação, um órgão superior formado por cardeais e outros clérigos de alto escalão.

O papa Francisco determinou que os cardeais tenham um corte de 10% em seus salários e reduziu o salário de outros clérigos que trabalham no Vaticano para salvar o emprego dos funcionários, uma vez que a pandemia do coronavírus tem afetado a renda da Santa Sé.

O Papa Francisco deu posse neste sábado (28) a 13 novos cardeais, incluindo o primeiro afro-americano a ocupar o cargo, expandindo ainda mais o impacto do pontífice no grupo que um dia elegerá seu sucessor.