Recém eleita, ela não confirmou se irá concorrer à presidência do Senado
Senadora eleita e ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina (PP-MS) lamentou a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa pela presidência, afirmou que o agronegócio “está triste”, mas defendeu a retomada da normalidade após a derrota de Jair Bolsonaro (PL).
Em entrevista ao Estadão, ela negou que o setor esteja financiando as manifestações antidemocráticas que bloquearam rodovias no país, apesar de ser uma das bases de apoio do atual presidente.
“O que está ocorrendo nas estradas é resultado da indignação das pessoas. Foi uma coisa espontânea das pessoas, de alguns produtores, mas não tem a participação de nenhuma associação, nenhuma instituição, não foi organizado. O agro é um setor que apostou no presidente Bolsonaro desde o início. É natural que haja uma frustração enorme no setor. Ele é um grande líder de direita, estão todos muito tristes, o agro está triste, mas é hora de seguir adiante”, disse ela.
No Senado a partir de 2023, Tereza Cristina disse ainda que a bancada do agronegócio buscará uma relação amistosa com a gestão de Lula. “Numa democracia, mesmo sendo oposição, temos de estar abertos a dialogar, para trabalhar pelo setor. O Brasil precisa do agro, independentemente de quem estiver à frente do governo. É um setor moderno, sustentável. Seja o governo que for, tem de entender a importância disso”, afirmou.
Cotada para concorrer à presidência do Senado, ela tangenciou ao ser questionada sobre o tema e preferiu não confirmar a candidatura. “Não posso dizer isso. Qualquer decisão depende do partido, de muitas negociações que ainda vão ocorrer”, declarou. (bahia.ba)