O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, agradeceu nesta sexta-feira ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, por apoiar o processo de desnuclearização durante sua reunião de ontem com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, apesar do apoio de Moscou a Pyongyang na queda de braço com Washington.
“Acredito que estamos indo muito bem com a Coreia do Norte. Estamos fazendo muitos avanços. Apreciei a declaração de ontem do presidente Putin. Ele também quer que aconteça. Acho que há muito entusiasmo em relação à ideia de chegar a um acordo com a Coreia do Norte”, disse Trump aos jornalistas na Casa Branca.
Em sua primeira reunião com Kim, realizada em Vladivostok (Rússia), Putin afirmou que o Kremlin defende o desarmamento nuclear do regime norte-coreano, mas defendeu a soberania da Coreia do Norte e criticou Washington, ao opinar que não se deve dar ultimatos nem fazer exigências unilaterais.
“Eles só precisam de garantias de segurança. Isso é tudo”, disse o presidente russo em entrevista coletiva depois de se reunir com Kim. No entanto, Putin não se referiu a um eventual alívio das sanções internacionais sobre a Coreia do Norte, um ponto crucial para o regime norte-coreano.
Trump afirmou hoje estar contente porque “Rússia e China estão ajudando” os EUA, e insistiu que tem “uma grande relação com Kim Jong-un”, apesar do fracasso do encontro que teve com ele há dois meses em Hanói.
“A China está nos ajudando porque quer, acho que não quer armas nucleares no seu país. Mas também acho que está nos ajudando pelo fato de estarmos em (negociação de) um acordo comercial que, com certeza, vai indo muito bem”, ressaltou o presidente americano.
Ontem, Trump disse que “em breve” receberá nos EUA o presidente da China, Xi Jinping, o que alguns analistas interpretaram como um sinal de progresso nas negociações que começaram em dezembro do ano passado para conter a guerra comercial.
Trump recebe hoje na Casa Branca o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, com o qual também planeja conversar sobre as conversas com a Coreia do Norte. Tanto o presidente dos EUA como Kim se mostraram abertos à realização de uma terceira reunião, mas até agora não se sabe de algum contato entre suas equipes de trabalho após o fiasco no Vietnã.
UOL / EFE