Trump anuncia sanções ‘agressivas” contra a Turquia por ataques na Síria

Comboio militar turco na fronteira com a Síria: censura americana - 09/10/2019 (Mehmet Ali Dag/ Ihlas News Agency (IHA)/Reuters)
Comboio militar turco na fronteira com a Síria: censura americana - 09/10/2019 (Mehmet Ali Dag/ Ihlas News Agency (IHA)/Reuters)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira, 14, a imposição de sanções econômicas contra a Turquia por ter iniciado operação militar no norte da Síria. A invasão turca já causou a morte de 80 civis e o de 160.000 moradores. A operação foi iniciada logo depois da retirada dos militares americanos da região, na semana passada.

“Os Estados Unidos vão usar sanções econômicas agressivamente para atingir aqueles que permitam, facilitem e financiem estes atos hediondos na Síria. Eu estou totalmente preparado para destruir rapidamente a economia da Turquia se os líderes turcos continuarem com esse caminho perigoso e destrutivo”, disse Trump, ao publicar um comunicado em suas redes sociais.

Entre as restrições econômicas estão o aumento em 50% nas tarifas de aço, o nível de proteção válido até maio, e o cancelamento das negociações de um acordo comercial com a Turquia no valor de 100 bilhões de dólares. Adotadas por meio de decreto presidencial, a sanção também abrangerá medidas financeiras, o bloqueio de ativos de empresas e cidadãos turcos em território americano e a proibição de ingresso de autoridades no país.

“A ofensiva militar da Turquia está colocando civis em perigo e ameaçando a paz, a segurança e a estabilidade da região. Eu fui perfeitamente claro com o presidente (turco, Resep) Erdogan: as ações da Turquia estão precipitando uma crise humanitária e abrindo condições para possíveis crimes de guerra”, afirmou Trump na nota. “A Turquia tem de garantir a segurança dos civis, incluindo os de religiões e etnias minoritárias, e é agora e talvez no futuro responsável pela atual detenção de terroristas do Exército Islâmico na região. Infelizmente, a Turquia não parece estar reduzindo os efeitos humanitários de sua invasão.” (VEJA)

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