Os cigarros eletrônicos estão presentes em todos os lugares. O famoso “vaper” virou uma epidemia que caiu no gosto da população. Para os homens, o uso diário do aparelho que funciona como um “tabaco aquecido” vem acompanhado de grandes riscos para a saúde sexual: as chances de desenvolver disfunção erétil aumentam em mais de duas vezes, é o que mostra estudo da revista médica American Journal of Preventive Medicine, que comparou homens fumantes e não fumantes acima de 20 anos. Já no caso dos homens acima de 65 anos, as chances de disfunção aumentam ainda mais: são 2,4 vezes maiores.
Dos jovens aos adultos, o dispositivo eletrônico é uma bomba que afeta vários órgãos do corpo humano, sobretudo o coração, pulmão, a boca e até o sistema reprodutor. Segundo o médico urologista Dr. Carlos Vaz, apesar de ser vendido como um produto “inofensivo”, o cigarro eletrônico é carregado de nicotina, composto que atua diretamente na inflamação do organismo “A nicotina danifica os vasos sanguíneos e prejudica a circulação, que é fundamental para o funcionamento do aparelho reprodutor masculino. Sem uma boa vascularização do órgão, não há ereção e está instaurada a disfunção”, explica.
Ainda de acordo com o médico, não é raro receber pacientes adultos saudáveis no consultório, principalmente aqueles que possuem hábitos ruins mesmo com a “pouca” idade. “O que acontece é que a maioria dos casos tratados nessa faixa etária, dos 20 aos 50 anos, são motivados por esses hábitos adquiridos durante a vida, causando danos cumulativos. Nesse caso, a prevenção é o melhor caminho para quem ainda tem tempo de mudar”.
Dr. Carlos diz ainda que, os danos à saúde começam a ser percebidos a curto e longo prazo, portanto, os próximos anos dirão como de fato o cigarro compromete a saúde e qualidade de vida de seus usuários. No entanto, quando o homem já se encontra diagnosticado é necessário parar imediatamente o uso dos dispositivos eletrônicos e começar um tratamento de acordo com o grau de disfunção – se mais leve ou mais severa. O tratamento pode variar: “o mais comum é tratarmos com medicação, mas em alguns casos talvez seja necessário apelar para intervenções mais severas, como a injeção de medicamentos no local e até mesmo uma cirurgia”, completa. (Notícias ao Minuto)