Com o avanço do coronavírus no Brasil e na Bahia, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio-BA) revisou a expectativa de vendas para o período da Páscoa. Antes, a projeção era de crescimento de 4,9% em relação ao mesmo período de 2019, porém passou para -5,6% no novo cenário.
A entidade estima que o varejo de chocolates no Estado terá perda de R$ 7,25 milhões, uma vez que o faturamento esperado era de R$ 72,6 milhões e após a revisão, o montante movimentado deve ser de R$ 65,4 milhões.
“Com o isolamento social, as famílias estão priorizando o consumo em farmácias e supermercados, sobretudo, naqueles produtos de consumo básico do dia a dia. Assim, o chocolate passa a não ser listado nas prioridades de compras neste momento”, explica o consultor econômico da Federação, Guilherme Dietze.
“O que evitará um desempenho ainda pior é que os produtos conseguem ser vendidos de alguma forma, pois os supermercados e lojas especializadas podem abrir suas portas na quarentena e até vender através de aplicativos de entrega/delivery”, acrescenta.
A Fecomércio-BA sugere que a população priorize o micro e pequeno empresário e efetue seus pedidos, nem que seja por meios online. “São esses empresários, como os produtores de chocolates artesanais, que devem sofrer mais por conta da crise e que já haviam começado a produção para o período”, alerta o especialista.
O cálculo foi feito com base nos dados informados pelas empresas varejistas para o Governo da Bahia, por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (Sefaz) e a Fecomércio-BA. (Metro1)