O Ministério Público da Bahia, por meio da 7ª Promotoria de Justiça, recebeu denúncia de descaso, calamidade e abandono por parte da prefeitura de Lauro de Freitas com a UPA de Itinga, bairro já na divisa com Salvador. Entre as irregularidades estão paredes com grau elevado de infiltrações e mofos nas áreas de internamento e ambulatório; leitos deteriorados e insalubres; fios de alta tensão expostos; extintores vencidos; focos de mosquito da dengue; e sujeira.
A denúncia foi formulada pela líder da oposição no município, a vereadora Débora Régis (PDT), que apontou ainda banheiros inadequados para uso e sem privacidade, portas escoradas com pedras, sala de Raio X sem proteção adequada, cadeiras rasgadas, aparelhos de ar-condicionado quebrados, mato na área externa e refeitório para os trabalhadores da UPA sem condições de uso.
“Somente em 2022, a prefeitura de Lauro de Freitas diz que gastou R$121 milhões na área da saúde. Mas, mesmo assim, mantém em funcionamento uma UPA em estado de calamidade, em um dos principais bairros do município, que atende diariamente a uma média de 400 pessoas. Isso é desumano. Por isso, pedimos providências ao Ministério Público”, declarou Débora Régis.
A vereador acusou a prefeita do município, Moema Gramacho (PT), de “só se preocupar em fazer política”. “Enquanto a população de Lauro de Freitas vivencia essa situação na UPA de Itinga, a prefeita só vive em reuniões do partido dela para tratar de eleição, para falar mal dos adversários ou até mesmo de alguns aliados. O que falta na cidade é gestão, é trabalho”, salientou. (Política Livre)