A reportagem do Voz da Bahia entrevistou neste domingo (11), com exclusividade os tios do jovem Alisson Henrique, 21 anos, que veio a óbito no HRSAJ (Hospital Regional) após ser assassinado com dois golpes de faca na Rua Teodoro Dias Barreto, bairro do Andaiá em Santo Antônio de Jesus, por volta das 23h de sábado (10) (reveja aqui). A tia e o tio do rapaz, Rosimeire Augusta e Robério dos Santos, que são também pais do jovem Everton Silva Pereira, que estava com Alisson no momento exato do crime, contam o que seu filho relatou sobre o homicídio do primo.
Segundo a parente, os jovens estavam saindo de uma festa no bairro Maria Preta e se dirigiam para casa, quando foram abordados por um homem e uma mulher, “meu filho havia dito que um casal estava indo na frente deles há uma certa distância, quando a menina parou e ele pensou que o rapaz iria deixa-la. Na volta, ele enfiou a faca em Alisson, que veio a falecer. Eles estavam conversando sobre a festa do aniversário da minha filha que iria acontecer hoje lá em casa, que Alisson estaria conosco. Acredito que nenhum dos dois devia conhecer o criminoso, Alisson tinha pouco tempo aqui, ele mora em Feira de Santana e só vinha visitar a cidade, além disto, meu filho também não mora em Santo Antônio de Jesus, ele é de Salvador. A única hipótese que imaginamos é que o acusado estava muito doido, [‘sic’], maluco para fazer um negócio nesses”, falou.
De acordo com Rosimeire, não houve confusão na festa onde os jovens estavam, e não há informações sobre desentendimentos, “Alisson foi primeiro e mandou mensagem para meu filho que estava em casa, meu filho foi e chegando lá. Os dois ficaram sempre juntos, não teve confusão, resolveram vir embora. A festa era de aniversário e só tinha jovens da idade deles, eles tentaram chamar um motorista de aplicativo e não conseguiram, não acharam mototáxi e vieram andando para casa”, disse.
O pai do jovem Everton, Robério, também expôs o caso ao Voz da Bahia. Segundo o pai, seu filho declarou que o assassino tem em média 42 anos, “meu filho disse que não conhece os motivos que desencadeou o crime. O acusado não estava na festa, o casal estava andando normalmente na frente dos jovens, cerca de 20 metros e eles vinham conversando atrás. O cara voltou enfiando a faca no Alisson, ele atacou também o meu filho, que foi para cima pensando que Alisson tinha tomado um murro, quando meu filho viu que ele estava com uma faca, ele correu, foi quando o assassino voltou e deferiu a segunda facada em Alisson. Ficamos sentidos, porque poderia ser meu filho, foi aleatório, eles não tiveram nenhuma ação, nem envolvimento com esse casal. Meu filho pegou um carro que estava passando na rua, pediu socorro, eles levaram para o hospital, mas Alisson já chegou sem vida”, mencionou.
O jovem Everton esteve na delegacia neste domingo (11) para prestar queixa e dar depoimento sobre o caso. Além disto, os familiares contaram sobre a vida de Alisson, que segundo eles, não tinha nenhum envolvimento com crimes, “meu filho veio prestar queixa e também ser ouvido pela polícia que esta apurando os fatos. Acredito que a mulher que estava com o assassino também participou do crime, pois, em momento algum ela interviu para que aquilo não viesse a acontecer. O criminoso correu e ela junto, para mim, tem que pegar os dois e que a Justiça seja feita. Alisson era um menino bom, que posso dizer que não era usuário ou envolvido com drogas, ele tinha um futuro como jogador de futebol, por conta da pandemia o campeonato estava parado e ele retornou e veio visitar a família. Ele saiu com meu filho Everton para se distrair e ocorreu isso”, pontuou.
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Reportagem: Voz da Bahia