Violência doméstica motivou mais de mil medidas protetivas em Salvador durante a pandemia

Um total de 1.120 medidas protetivas de urgência foram expedidas de março a agosto deste ano nas quatro Varas de Violência doméstica de Salvador. O dado é referente ao período de pandemia do coronavírus, em que os órgãos de Saúde incentivam o isolamento social para combater a disseminação do vírus. Os dados foram divulgados pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), nesta terça-feira, 18.

A violência familiar tem a ver com a relação de parentesco, seja natural ou por afinidade. Já o conceito de agressão intrafamiliar não se refere apenas ao espaço físico, onde a violência ocorre, tem a ver mais com as relações, não restringe a residência. Segundo o órgão, as varas de violência doméstica recebem mais processos por mês do que todas as unidades criminais.

Sinal Vermelho

Além do disque 180, o TJ-BA orienta que se a mulher perceber que a situação que tem vivido é um quadro de violência de gênero, outra opção de denuncia é ir até uma farmácia com um “X” desenhado na mão e mostrar ao atendente ou farmacêutico.

Após a denúncia, os profissionais das farmácias seguem um protocolo para comunicar a polícia e o acolhimento à vítima. Balconistas e farmacêuticos não serão conduzidos à delegacia e nem, necessariamente, chamados a testemunhar.

O ato de ir até a farmácia (caso você não possa, existe a possibilidade de pedir a alguém próximo para ir no seu lugar, com o “X” desenhado na palma da mão), é incentivado através da campanha Sinal Vermelho, promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). (ATarde)

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