Witzel diz que sequestrador tinha ‘perturbação mental’ e estava com isqueiro na mão

Foto: Arquivo pessoal

O governador Wilson Witzel destacou, na manhã desta terça-feira (20), que Willian Augusto da Silva, morto após sequestrar por mais de três horas um ônibus com 37 reféns na Ponte Rio-Niterói (vera aqui), tinha demonstrado “perturbação mental” e estava pronto para incendiar o veículo.

“Dentro do ônibus havia um forte cheiro de gasolina, garrafas pet cortadas com gasolina estavam penduradas e o criminoso estava com um isqueiro na mão. No momento que ele foi abatido, havia um isqueiro, que ficou no local do crime e foi recolhido pela polícia. Pronto para incendiar o veículo. Durante as conversas de negociação, ele demonstrou uma perturbação mental, mas dizia que queria parar o estado. Vamos ouvir os familiares, os reféns, para entender o tipo de motivo que levou a pessoa a praticar esse ato”, revelou o governador.

O criminoso foi identificado como Willian Augusto da Silva. Ele foi baleado às 9h04. As vítimas não se feriram, segundo a polícia. Imagens feitas por reféns dentro do ônibus mostraram pedaços de garrafas espalhados.

De helicóptero, Witzel desembarcou na Ponte Rio-Niterói pouco após o fim da ação. Ao descer da aeronave, Witzel agitou os punhos em comemoração.

“No momento que desci de helicóptero no local [do crime], a população aplaudiu. Não pela morte do criminoso, mas aplaudiu por termos salvado vidas humanas. Eu não pude também me conter, naquele momento, de estar feliz que aquelas pessoas iam voltar pra casa, nenhuma vítima ali foi atingida pelo criminoso que ameaçava inclusive se jogar da ponte com um dos reféns, então foi um momento muito difícil”, destacou o governador.

Wilson Witzel comemora após desembarcar na Ponte Rio-Niterói — Foto: Reprodução/ TV Globo

Wilson Witzel comemora após desembarcar na Ponte Rio-Niterói — Foto: Reprodução/ TV Globo

‘Perfil psicótico’

O comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Maurílio Nunes, confirmou a informação dada pelo governador de que o sequestrador da Ponte Rio-Niterói tinha um perfil psicótico.

“Tínhamos psicólogos no local, ele tem perfil psicótico, altos e baixos. A partir do momento que cessa a negociação, passa a ser tática. Os atiradores são selecionados”, afirmou Nunes.

Ele disse que o atirador chegou a pedir dinheiro e apontar uma arma para uma das vítimas.

“Estava difícil manter negociação para que acabasse com todos bem. Antes, já havia descido do ônibus e apontado para uma vitima. Entendam, senhores, a todo momento temos que entender que o armamento é real. Além do simulacro, ele tinha um isqueiro, e uma faca”, afirmou o comandante do Bope. (G1)

Após mais de 3h de cerco, um sequestrador que manteve passageiros de um ônibus como reféns na Ponte Rio-Niterói foi morto por um atirador de elite do Bope na manhã nesta terça-feira (20) — Foto: Fabiano Rocha/Agência O Globo

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