No comando do Harmonia do Samba há 25 anos, o cantor Xanddy relembrou, em entrevista ao Extra, o preconceito sofrido por dançar no palco. Apesar de dizer “que o rebolado não é mais o mesmo”, o artista é sempre cobrado pelos fãs para que “quebre” mais. “Posso dizer que, hoje em dia, não é um rebolado sensual; é charmoso. Mas o povo gosta (risos)!”, garante.
“Até lembro que, no passado, quando tudo aconteceu, não era uma pretensão a dança ficar tanto no foco. Não imaginava que isso fosse acontecer. Durante um tempo, as pessoas até queriam que eu mais dançasse do que cantasse. Aquilo me dava um desespero… Eu sofri bastante porque as pessoas misturavam a questão da orientação sexual com a ginga, diziam que por eu dançar daquele jeito, eu não era heterossexual. Era um negócio de doido. Hoje eu já entendo: houve uma quebra de tabu. Até conversava muito sobre isso com o Jacaré [ do É o Tchan], que também sentiu até antes de mim. O bom é que hoje a galera se joga mesmo”, comemora.
Casado com Carla Perez há quase 20 anos, o baiano fala como fazem para manter o matrimônio por tanto tempo. “Trilhamos uma estrada para entender os prós e contras de um casamento. Hoje, quando temos amigos que passam por crises que já passamos, batemos um papo, contamos nossa experiência, dizemos como é melhor eles conduzirem. Três casais poderiam ter se separado e estão juntos até hoje. Nós somos gratos a Deus e eles também”.
(Bahia Notícias)