Após as manifestações que ocuparam as ruas de diversos estados no mês de maio, estudantes, professores e movimentos sociais voltam a se reunir nesta terça-feira (13) em todo o País, para o “3º Ato em Defesa da Educação, também chamado nas redes sociais de “Tsunami da Educação”.
Segundo o Jornal A Tarde, a mobilização acontecerá às 9h, com início no Campo Grande e destino final na Praça Castro Alves, centro de Salvador. Em Santo Antônio de Jesus a concentração será na Praça Renato Machado.
Organizada pela União Nacional dos Estudantes (UNE), a manifestação tem como objetivo defender a autonomia universitária, além de ser contra o projeto “Future-se” do Ministério da Educação (MEC), que tem como proposta terceirizar o financiamento da educação pública.
A vice presidente da UNE-BA, Carolina Nunes, desataca também a falta de diálogo do atual governo. “Já tivemos várias situações em que o governo Bolsonaro sinaliza não dialogar com os movimentos sociais da educação, que pensam uma educação mais democrática e mais inclusiva, além de ter um projeto de privatização e de sucateamento do projeto que estava em curso”.
Quem também estará presente é a Central Única de Trabalhadores (CUT) e, de acordo com Cedro Silva, presidente da entidade na Bahia, durante o ato, a classe trabalhadora estará reunida ainda contra a reforma da previdência e também pretende defender outras causas.
“Esse ato é nacional, mais uma atividade feita contra os cortes na educação e ainda contra a reforma da previdência, que ainda tramita no Senado. As outras bandeiras como privatização, desemprego, racismo, intolerância religiosa e homofobia, todas essas bandeiras estarão presentes”.
De acordo com a CUT, o ato desta terça acontecerá em diferentes horários nos municípios baianos como Juazeiro, Senhor do Bonfim, Serrinha, Feira de Santana, Vitória da Conquista, Santo Antônio de Jesus, Itabuna e Teixeira de Freitas.
“A classe trabalhadora está atenta que as medidas adotadas por Bolsonaro só trarão desemprego, queda na qualidade da educação nas escolas, faculdades e cursos técnicos e um abismo social motivado por brasileiras e brasileiros que trabalharão a vida toda para tentar se aposentar, e muitos casos não conseguirão cumprir as nova regras impostas para alcançar a assistência social. É um governo que não pensa no trabalhador, nem nos pobres, portanto dia 13 é dia de povo nas ruas, nós conhecemos nossos direitos e vamos exigi-los”, conclui Cedro Silva.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), que convocou estudantes e professores para defender a educação, também estará presente na mobilização. “É uma greve nacional da educação e amanhã a educação vai parar no Brasil. Nós (APLB) já convocamos a rede estadual e municipais, estaremos presente nos Campo Grande, com professores e estudantes. Estaremos de mãos dadas em favor da democracia, contra a reforma da previdência e em defesa da educação gratuita, laica e de qualidade”, ressalta a diretora da APLB, Elza Melo.
Em nota, a UNE destaca que a manifestação será pacífica e deverá reunir além de estudantes universitários, estudantes dos institutos federais, professores e funcionários das instituições de ensino afetadas diretamente pelos cortes do orçamento da educação.