O presidente da República em exercício, Hamilton Mourão, afirmou nesta terça-feira, 10, que os dois primeiros anos do governo Jair Bolsonaro servirão para “reorganizar a crise fiscal”.
Ele admitiu que, apesar de não haver previsão de contingenciamento em 2020, o orçamento do próximo ano ainda não será suficiente para destravar projetos do Executivo. “A ideia é que ano que vem não terá contingenciamento, porque o financeiro vai acompanhar a dotação. Essa é a previsão do Ministério da Economia. Nós vamos ter menos recursos, mas a gente já sabe que desde o começo vai ter aquele recurso”, disse.
Questionado se recursos serão suficientes para destravar projetos de pastas como o Ministério da Defesa, Mourão negou. “Não vai ser o suficiente”, avaliou. “A gente sabe que esses dois primeiros anos do governo são para reorganizar a crise fiscal que o país passa. Essa crise tem características muito claras, porque nós temos uma quantidade de despesa obrigatória muito grande. E a gente tem que tentar reverter isso aí”, acrescentou.
Entre os compromissos do presidente em exercício desta terça-feira, Mourão esteve com os ministros Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo). Ele continua despachando do gabinete da vice-presidência.
Estadão Conteúdo