PGR abre processo contra Isidório por falas transfóbicas contra Erika Hilton

Isidório fez declarações controversas durante uma reunião da comissão.

Reprodução Vídeo BnewsTV

A Procuradoria-Geral da República (PGR) abriu uma investigação contra o deputado federal Pastor Sargento Isidório (Avante-BA) por transfobia, cometida durante uma reunião da Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara, no dia 19 do último mês, onde se discutia um projeto de lei que proíbe o casamento homoafetivo.

Isidório fez declarações controversas durante uma reunião da comissão.

“Homem nasce como homem, com ‘binga’, portanto, com ‘pinto’, com pênis, mulher nasce com sua cocota, sua ‘tcheca’, portanto sua vagina. Mesmo com as suas fantasias, homem, mesmo cortando a ‘binga’, não vai ser mulher. Mulher, tapando a cocota, se for possível, não será homem”.
Ele ainda afirma que “Deus criou naturalmente homem e mulher”.

“Não adianta, pode botar dois homens em uma ilha, duas mulheres na próxima ilha, que você chegando lá vai encontrar a mesma coisa. Coloque-se homem e mulher numa ilha separada que, ao chegar, vai encontrar a procriação, vai encontrar a família. Então, homem com homem não procria, essa é a nossa constituição.”
Isidório também chamou a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) de “meu amigo”. Ela então representou contra Isidório no Ministério Público Federal (MPF), pedindo a responsabilização criminal do parlamentar por violência política de gênero, crime cuja pena é de um a quatro anos de reclusão e multa.

O despacho, assinado pela vice-procuradora-geral da República, Ana Borges Coêlho Santos, afirma que há, no caso, o “binômio viabilidade e utilidade da investigação”.

“A formalização de investigação demanda um suporte mínimo de justa causa, que se refere à verossimilhança dos fatos supostamente ilícitos apontados e à probabilidade de que haja meios eficazes de apuração”, disse a vice-procuradora-geral da República. (BNews)

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