Na última reunião de 2024, realizada nesta quarta-feira (11), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu elevar a taxa básica de juros, a Selic, de 11,25% para 12,25% ao ano.
O ajuste de 1 ponto percentual representa a maior alta promovida durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a mais expressiva desde fevereiro de 2022, quando a elevação foi de 1,5 ponto percentual.
A decisão foi unânime entre os nove diretores do Banco Central, que justificaram o aumento como parte de uma estratégia mais rígida para controlar a inflação. “Diante de um cenário mais adverso para a convergência da inflação, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, ajustes de mesma magnitude nas próximas duas reuniões”, afirmou o Copom em nota oficial.
Com a decisão, o Banco Central sinaliza a possibilidade de novos aumentos na Selic, com projeção de ajustes semelhantes nas reuniões de janeiro e março de 2025.
A medida reflete o esforço do governo em conter a inflação, que segue como um dos principais desafios econômicos. A alta dos juros, no entanto, deve impactar o crédito e o consumo, gerando debates sobre seus efeitos na retomada econômica do país.