A defesa da mudança da abordagem sobre o golpe de 1964 em livros didáticos, feita pelo ministro da Educação Ricardo Vélez, desagradou a cúpula militar, de acordo com reportagem da Folha. A declaração do ministro, que já encara uma crise na pasta, pode ser a gota d’água para saída dele do cargo. Integrantes da ativa e do núcleo militar do governo Jair Bolsonaro disseram que vão fazer chegar ao mandatário a mensagem de que a paciência com o ministro acabou. A ala militar compartilha da ideia de que o golpe foi um movimento decorrente de uma mobilização de parcela expressiva da população contra o que chamam de risco de tomada comunista do poder. A derrubada do governo de João Goulart e os seguintes 21 anos de ditadura teriam de ser inseridos nessa visão. (Metro 1)