O governo federal pretende cortar o pagamento do abono salarial do PIS/Pasep sob a justificativa de que o bônus anual beneficia pessoas de “renda intermediária”, em detrimento daquelas que vivem de fato na pobreza, e gera desigualdade na maneira como está configurado hoje. As alterações constam dos documentos de detalhamento da reforma da Previdência que foram apresentados na semana passada, segundo o UOL.
O texto prevê que o abono, voltado a empregados com carteira assinada, passará a ser pago a trabalhadores que ganham apenas um salário mínimo, no lugar do teto atual de dois salários. Com a redução da base de beneficiários, o governo estima conseguir uma economia de R$ 169,4 bilhões em dez anos.
Para justificar as mudanças, o governo afirma que o abono, criado nos anos 1970, perdeu seu sentido de complementação de renda ao longo das décadas graças à política de valorização do salário mínimo acima da inflação. Esta política está sendo revista pelo governo e pode ser encerrada.