O youtuber chinês ReSet foi condenado a ficar cinco anos fora da plataforma, depois de dar biscoitos recheados com pasta de dente a um morador de rua.
A sentença também determina o pagamento de uma indenização de 20 mil euros (cerca de R$ 87 mil) por danos morais e 15 meses de prisão, mas pena não será cumprida, porque ele não tinha antecedentes.
ReSet, que na verdade se chama Kanghua Ren, foi desafiado por um dos seguidores a trocar o recheio de um biscoito por pasta dental e oferecer a outras pessoas.
No vídeo publicado em janeiro 2017, que não está mais no ar, ele mostrou todo o processo de adicionar a substância ao biscoito, colocá-lo de volta na embalagem e o momento em que entrega o pacote e 20 euros (cerca de R$ 87) a um morador de rua de Barcelona.
O youtuber ainda comentou: “Talvez eu tenha ido um pouco longe, mas veja pelo lado positivo: isso vai ajudá-lo a limpar os dentes. Acho que ele não os limpou desde que ficou pobre”.
O homem, de 52 anos, chegou a vomitar e disse ao jornal El País que “nunca foi tratado tão mal enquanto morava na rua”.
Rapidamente o vídeo se tornou alvo de polêmicas e foi apagado do canal. Depois, Ren visitou o morador de rua outras duas vezes. Em uma delas, gravou um vídeo falando que “as pessoas exageram sobre piadas feitas na rua com mendigos, se fosse feita com uma pessoa normal, ninguém falaria nada”.
Sentença
No julgamento, o jovem chinês, que foi criado em Barcelona, disse que o vídeo fazia parte dos “desafios” comuns ao seu canal e que tudo não passava “de brincadeira”. O youtuber teve um lucro de 2 mil euros (R$ 8,7 mil) com o vídeo, segundo o veículo espanhol.
Além de pagar a indenização, o youtuber também foi condenado a 15 meses de prisão por crime contra a integridade moral, mas não cumprirá a pena, porque não tinha antecedentes.
Ren também foi banido por cinco anos do Youtube. Assim, seu canal com 1,2 milhão de inscritos vai ser apagado e ele não poderá criar uma nova conta na plataforma pelo mesmo período.
No ano de 2017, ele estava entre os “200 youtubers mais importantes da Espanha e Iberoamérica”, segundo documento apresentado durante o julgamento. (G1)