O deputado estadual Adolfo Menezes (PSD) anunciou, nesta terça-feira (11), que abrirá mão de qualquer recurso jurídico contra a decisão que anulou sua segunda reeleição como presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). De acordo com Menezes, a renúncia aos prazos legais tem como objetivo assegurar estabilidade à nova presidente da Casa, deputada Ivana Bastos (PSD).

Em seu pronunciamento, Adolfo afirmou que sua decisão visa “garantir tranquilidade” à nova liderança da Assembleia. “Dizem os operadores do direito que o processo ainda não chegou ao final. Então, para que não paire dúvidas e para que minha amiga Ivana tenha tranquilidade para administrar esta Casa, eu renuncio a todos os prazos que, porventura, meus advogados pudessem recorrer, para que isso seja definitivamente sanado”, declarou.

Em relação à sua saída do cargo, Adolfo minimizou o impacto da decisão judicial, destacando que não se sente abalado. “Não tem sofrimento nenhum. A única coisa que aconteceu foi antecipar de 23 meses para um mês. Eu não sairia daqui a 23 meses? Saí 23 meses antes”, afirmou, destacando a gratidão por sua trajetória à frente da Alba.

O deputado também enfatizou a importância de sua base familiar e de sua condição de vida para não se sentir prejudicado com a decisão. “Quem tem uma família como a minha pode estar sofrendo? Quem tem uma condição como a minha, no mundo de hoje, pode sofrer? Aí Deus teria que me castigar”, disse.

Apesar de sua saída, Adolfo Menezes não descartou a possibilidade de disputar a presidência da Alba novamente em 2027, caso seja reeleito deputado estadual. Ele também afastou a possibilidade de uma candidatura a deputado federal ou senador, citando seu receio de viagens aéreas para Brasília. “Com toda a tranquilidade, se os eleitores da Bahia me reconduzirem daqui a dois anos, e se Deus me der saúde, eu tentarei novamente”, afirmou.

Essa foi a primeira vez que Adolfo Menezes se pronunciou na tribuna da Assembleia após quatro anos no cargo de presidente. Em tom descontraído, ele brincou sobre a necessidade de se readaptar a falar do púlpito da Casa.