Advogado de baiana que levou 68 facadas quer levar réus a júri popular

Foto: Divulgação

O advogado da fisioterapeuta Isabela Oliveira Conde, 36, que foi vítima de 68 facadas em Salvador, durante o carnaval, afirmou que quer levar os réus a júri popular. O companheiro de Isabela na época, Fábio Barbosa Vieira, acusado orquestrar o crime, e os dois agressores, Adriano Santos de Jesus e Alex Pereira dos Santos, estão presos no complexo da Mata Escura.

Levy Moscovits, o advogado da fisioterapeuta, relatou como será feito o processo. “O próximo passo será comparecer na audiência de instrução e julgamento que está para ser designada e ouvir testemunhas, interrogar os réus e constituir provas. Queremos que a decisão do juiz seja no sentido de remetê-los ao Tribunal de Júri para que, perante os jurados, sejam condenados pelo bárbaro crime que cometeram”.

O ato ocorreu no dia 28 de fevereiro deste ano. O advogado relata que os réus foram buscar a fisioterapeuta no trabalho e, durante o trajeto de volta, o ex-namorado pediu que os dois rapazes, Adriano e Alex, que estavam no banco de trás, desferissem as facadas em Isabela. Para sobreviver, a mulher teve que se fingir de morta. Após isso, foi abandonada na BR-324, onde buscou ajuda para chegar ao hospital. O crime foi classificado como tentativa de feminicídio.

Atualmente, Isabela tenta se recuperar das sequelas físicas e psicológicas do crime. Em março, o G1 publicou uma matéria na qual confirmava que a fisioterapeuta perdeu a visão de um dos olhos. O júri popular existe para avaliar crimes intencionais de homicídio, infanticídio, aborto ou participação em suicídio. A função dos jurados, que constituem a sociedade civil, é determinar se houve ou não o crime, e se os réus são culpados pela ação. (Bahia Noticias)

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