O advogado Marcelo Bessa, nesta quinta-feira (15), deixou os processos que defendiam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no Supremo Tribunal Federal (STF), como o inquérito das milícias digitais que apura uma suposta interferência da Polícia Federal. Além de defender também o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, ambos são alvos da mesma operação. Os casos são assumidos pela advogada Luciana Lauria Lopes.
Na última semana, o ministro Alexandre de Moraes proibiu que os alvos da Operação Tempus Veritatis conversem entre si ou por meio de advogados. De acordo com a PF, a investigação foi deflagrada para “apurar organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, para obter vantagem de natureza política com a manutenção do então presidente da República [Bolsonaro] no poder”.
A defesa do ex-presidente recorreu a queda da decisão de Moraes, com o argumento que a proibição do contato com Valdemar poderá trazer dificuldades às articulações para a disputa eleitoral deste ano,
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também pede que essa proibição seja revogada, por entender que a medida afeta as prerrogativas da advocacia e que “advogados não podem ser proibidos de interagir nem confundidos com seus clientes”. Bolsonaro mantém a equipe comandada pelos advogados Paulo Amador da Cunha Bueno e Daniel Tesser em outros casos no STF, como as apurações sobre a suposta tentativa de golpe e dos presentes recebidos por autoridades estrangeiras.
(Metro 1)