Flagrado entre os radicais bolsonaristas que atacaram as sedes dos Três Poderes em Brasília (DF), no dia 8 de janeiro, um sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL_ é alvo de um pedido de investigação e prisão preventiva junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com informações da coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo, a ação contra Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio, foi protocolada nesta quarta-feira (18), pelo Coletivo de Direito Popular, formado por advogados ligados à Universidade Federal Fluminense (UFF).
Segundo a publicação, o grupo argumenta que há indícios da atuação do sobrinho de Bolsonaro na mobilização que levou os terroristas às ruas naquela ocasião, já que ele aparece em registros do ato nas redes sociais.
O criminalista Paulo Henrique Lima, principal responsável pela ação, afirma que Léo Índio representa risco à ordem pública e diz que ele pode fugir a qualquer momento, diante das punições que vêm ocorrendo contra os envolvidos no ato golpista.
Léo Índio
Primo de Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro, chegou a ocupar o cargo de auxiliar administrativo júnior, com um salário de R$ 5.735,93. Assessor da liderança do Partido Liberal (PL) no Senado desde dezembro de 2021, ele foi exonerado em julho do ano passado, após ficar meses sem aparecer no local de trabalho.
Antes disso, ele já atuou como assessor do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), na época da Assembleia Legislativa do Rio de janeiro (Alerj) e foi incluido entre os investigados pelo Ministério Público do Rio (MP-RJ) no caso das chamadas “rachadinhas”.
Léo Índio se mudou para Brasília em 2019, após Bolsonaro ser eleito presidente, e ocupou o cargo de assessor do senador Chico Rodrigues (DEM-RR) até o parlamentar ser flagrado com R$ 30 mil na cueca. (ba)