A Advocacia-Geral da União (AGU) notificou o YouTube Brasil nesta sexta-feira (13), exigindo a remoção de vídeos com informações falsas sobre a saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A ação é parte de um esforço para combater a desinformação que se espalhou após a internação de Lula no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde passou por cirurgias sem intercorrências, conforme relatórios médicos.
Entre as postagens notificadas, destaca-se a alegação de que o presidente teria morrido e estaria sendo substituído por um sósia.
A AGU classificou essas narrativas como “desinformação sobre o estado de saúde do Presidente”, apontando que elas têm o potencial de causar instabilidade política e econômica no país ao gerar confusão entre a população.
“As narrativas identificadas apresentam desinformação sobre o estado de saúde do Presidente, inclusive sobre sua morte, gerando confusão a respeito de assunto de relevância pública, com potencial de atingir a confiança nas instituições públicas”, afirma trecho do documento enviado ao YouTube.
A notificação também destaca que tais conteúdos violam os próprios termos de uso da plataforma, que proíbem a disseminação de desinformação e discursos de ódio, especialmente quando prejudiciais a terceiros ou em desacordo com a legislação vigente.
Após sentir dores de cabeça, Lula foi internado e submetido a procedimentos cirúrgicos, conforme anunciado nos boletins médicos oficiais.
Atualmente, o presidente já deixou a UTI e apresenta sinais de boa recuperação: “Segue lúcido e orientado, alimentou-se normalmente e realizou caminhada pelos corredores”, afirmou a equipe médica.
A disseminação de notícias falsas sobre a saúde de Lula reacende o debate sobre o papel das plataformas digitais na regulação de conteúdos e sua responsabilidade em combater a desinformação que pode afetar a estabilidade social e política do país.