Sob ” fritura”, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, se tornou cobiçado pelos governadores de São Paulo, João Doria (PSDB), e de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), caso deixe o governo federal. A atuação do titular da pasta no combate ao novo coronavírus no País é elogiada pelos chefes dos Executivos estaduais e conta com o apoio dos comandos do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso, que ontem se manifestaram contra a demissão do ministro.
Nesta segunda-feira, 6, diante da possibilidade de saída de Mandetta, houve novos panelaços em alguns bairros de São Paulo e também no Rio de Janeiro. Servidores da pasta da Saúde também desceram dos seus escritórios para aplaudir o ministro. “Não posso aceitar que um médico da competência do Mandetta vá pra casa. Se sair, já está nomeado em Goiás”, afirmou Caiado ao Estado.
Já Doria, um dos principais adversários políticos do presidente, evita abordar o tema publicamente, mas disse a auxiliares que gostaria de contar com o ministro em seu time. Em entrevista recente ao Estado, o tucano defendeu Mandetta e afirmou que a demissão dele seria “um desastre” para o Brasil.
Mandetta acumulou uma série de desgastes com o presidente Jair Bolsonaro ao defender um amplo distanciamento social da população como enfrentamento do novo coronavírus. O ministro, aplaudido pela equipe da pasta ao chegar para a coletiva de imprensa, se colocou como “dono das dúvidas”, e não da verdade.
Pedro Venceslau, Tânia Monteiro, Jussara soares e Camila Turtell – Terra