A defesa chegou a pedir que o médico aguardasse o julgamento em liberdade e solicitou ainda a realização de um teste de sanidade de Giovanni, mas os pedidos foram negados
Preso há cinco meses no Pavilhão 8 do complexo penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, o anestesista Geovanni Quintela Bezerra começará a ser julgado na próxima segunda-feira (12). O médico foi preso acusado de ter estuprado uma paciente em trabalho de parto no Hospital da Mulher, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.
À época, desconfiados do médico, enfermeiros esconderam um celular em um armário da sala e gravaram o momento em que Geovanni colocou o pênis na boca da paciente. As imagens foram entregues à polícia e agora Giovanni responderá por estupro de vulnerável.
A Defensoria Pública alegou que a gravação do vídeo, principal prova contra o médico, é ilegal, pois foi feita sem conhecimento dos envolvidos, autorização da polícia ou do Ministério Público. De acordo com informações obtidas pelo Fantástico, o argumento não foi aceito pela Justiça, que lembrou que crimes como esse geralmente são cometidos às escondidas e com a vítima sem condições de denunciar o fato.
A defesa chegou a pedir que o médico aguardasse o julgamento em liberdade e solicitou ainda a realização de um teste de sanidade de Giovanni, sob o argumento de que ele tem histórico de transtornos psicológicos na família e fazia uso de medicamentos que aumentam o desejo sexual. Os pedidos foram negados pela Justiça.
O inquérito do caso aponta ainda que, para cometer o crime, o anestesista aplicou sete doses de sedativos potentes, que não são indicados para a realização de cesarianas. (Metro1)